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Mostrando postagens de 2017

7 dicas de saúde mental para cuidadoras

Acordar, alimentar, administrar medicamentos, brigar para que tome banho, ‘vigiar’ para ver se ingere medicamento, proporcionar momentos de lazer, acompanhar até os centros de tratamento , participar de reuniões, conhecer a doença e os sintomas, aprender a ler a pessoa de quem cuida, esperar, observar, evitar confronto principalmente nos momentos de crise. Resumindo, cuidar.  Não importa se o cuidado é dirigido  para portador de necessidades especiais , pessoas com dificuldade de locomoção , câncer, doenças degenerativas entre outras. Ufa, vida de cuidadora não é fácil. Até parece uma academia só que a tensão é elevada a 1000 graus. Mas como fica a cuidadora? Que tipos de suporte ela tem para não adoecer?  Pensando nisso,  citaremos abaixo 8 dicas para preservar a sua saúde mental. 1-Tenha um hobby Tenha um hobby, algo que te faça feliz e que te ajude a  recarregar suas ‘baterias’. Para ter um hobby, você não precisa ter dinheiro sobrando. (O valor referente ao hobby dever

Check-in

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Fiquei indignada quando vi essa foto. Trata-se de uma material para divulgação de uma música recém lançada. Quis logo assistir ao clipe, conheci a letra da música e sem dúvidas será mais um sucesso. Porém as cenas do clipe são desnecessárias, apelativas, um retrocesso além de uma agressão aos pacientes psiquiátricos e seus famíliares. Se fosse para tratar do assunto, do que os pacientes sofriam durante o período asilar seria excelente. Seria maravilhoso ter artistas como o Luan Santana desmistificando a questão da doença  mental. Vejo como uma agressão quando reforçam o estereótipo das profissionais de enfermagem (cuidadoras) que são apresentadas como 'aproveitadoras' dos pacientes com seu uniforme minúsculo. A letra da música em momento algum faz menção a loucura, mas o clipe mostra o cantor no personagem de um interno de um hospício vestindo uma camisa de forças em uma solitária . Em uma cena de abuso, seus cabelos são cortados. Definitivamente não gostei. Acho qu

Não é a mamãe

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Um homem encomendou um perfume e depois a mulher telefonou dizendo para não encomendar porque ele precisa primeiro pagar as contas. Nós mulheres com o famigerado 'instinto materno', reclamamos da infantilidade do namorado, amante, marido, mas ao mesmo tempo reforçamos esse comportamento pueril quando os tratamos como um filho adolescente. Do mesmo modo que a mãe dele fazia/faz, muitas de nós chama o homem de 'filho', coloca comida para ele no prato, escolhe suas roupas na loja entre outras coisas. Antes que alguém me xingue, direi que acho lindo um casal sintonizado que se ajuda, mas não acho engraçado quando um se esfola de tanto trabalhar enquanto o outro fica no videogame, por exemplo. Mas cada um vive de acordo com as próprias escolhas. Depois que o homem cansa de esperar que a mulher se transforme na esposa que ele precisa e a troca por outra, ela grita para todos ouvirem: - Me sacrifiquei para ser a melhor esposa e agora ele me trocou por uma 

Homenagem as cuidadoras

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Quando meu filho nasceu, os parentes sumiram e o pai foi embora. Ele disse que não queria um filho com problemas.  Quem queria? Todos ofereceram apoio, mas a distância.  Ninguém quer ver, nem se envolver. Agora somos eu e ele (a) Assim ficamos isolados à própria sorte. Que sorte? Se ele fica agressivo a culpa é minha. Afinal de contas, eu não soube criar. Tenho que 'largar' tudo e dar conta. Se agride alguém na escola, recebo uma ligação: - Seu filho está agressivo. Vem buscá-lo. Tenho  que mantê-lo  trancado em casa por uma semana. Quando fica letárgico, aí sim, todos gostam. Dorme e não incomoda aos demais. Mas e eu, como fico? Com quem posso contar nas minhas dificuldades? Se não existe treinamento para mães e muito menos quando o filho é 'especial'? Dizem que uma mãe nasce com a criança, mas quando se trata de uma com necessidades especiais, a nós mães ou qualquer cuidadora é  cobrada uma experiência prévia de uma coisa que nunca vive

Flores no asfalto II

A caminho do trabalho enfrentei um engarrafamento horrível, melhor dizendo, não é ruim nem bom, ele apenas é, vai depender de como recebemos essa informação. Observando e aproveitando o trânsito parado para fotografar as flores, percebi que em alguns lugares elas estavam bonitas enquanto em outros nem tanto. A vida, o Universo, Deus, o Arquiteto do Universo ou a quem você decida dar os créditos, todos os dias dá as mesmas  oportunidades para todos (viver, respirar, andar etc), mas cada um reage diferente e dá um destino singular para aquilo que recebe devido a sua subjetividade. Vemos irmãos gêmeos criados no mesmo ambiente, se alimentando da mesma comida, recebendo o mesmo estímulo, enquanto um reage de determinada maneira o outro se transformando em uma pessoa totalmente diferente. As vezes um irmão é superresponsavel, o primeiro da classe e organizadissimo, como um típico virginiano rsrs. Enquanto o outro que é ser hippie, curtir a vida frequentando nós que nos consideramos

Igualdade racial?

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Antes de publicar esse texto pensei bastante, mas cheguei a conclusão de que se não for divertido, se eu não me permitir escrever sobre o que bem entender, não valerá a pena continuar. Sendo assim, me permito ser eu para o bem ou para o mal. Poderia optar em ser um personagem, mas dispenso. Que pessoa e que profissional eu seria? Como poderia me encarar no espelho? O que poderia oferecer as minhas clientes se eu fosse uma fraude? Então vai. Certa vez eu disse a uma conhecida que uma das vantagens de usar transporte público é que durante o tempo em que viajo, tenho diversos insights. Claro que isso não é exclusividade de coletivos, mas tive muitas experiências nesses transportes. Estava sentada no ônibus esperando a hora de descer, quando uma senhora que deve ter entre 55 a 60 anos, talvez um pouco mais. Pois bem, era uma mulher madura muito bonita, olhos castanhos, negra, esguia e que apesar de sua natural elegância, a sua postura e seu olhar pareciam se desculpar por ocupar o

Flores no asfalto

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Dirigindo na estrada da casa para o trabalho, observei umas flores pelo caminho que nasceram na beira do asfalto onde as condições não são as melhores. Com tudo isso, digo para você e para mim: – Não espere chegar ao local onde você quer para florescer. Não espere o local adequado, o melhor adubo, as melhores condições, a melhor luminosidade, a melhor água, não espere nada disso. Não importa se você foi plantado entre as rochas ou na areia. Não importa se foi plantado entre os espinhos ou no asfalto Floresça onde você foi plantado. Floresça onde você estiver Não tem desculpas, as flores que vi pelo caminho não estavam no local apropriado. Aproveitaram o sereno e um pouquinho de terra levada pelos veículos. Talvez elas aproveitaram até as condições adversas, como a temperatura dos carros e o monóxido de carbono. Só sei que elas estão lá e não esperaram chegar a um local apropriado como um jardim. Estão dando o seu melhor, plantadas, organizadas e colorindo aquela estr

Para que nasci?

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A sociedade nunca se preocupa com quem de fato a pessoa é. Ninguém se preocupa com o ser humano, o real, mas exige que a pessoa desempenhe um papel para agradar a todos. Isso é adoecedor e contra a nossa natureza. Afinal de contas, nascemos para sermos nós mesmos e estamos aqui para vivermos a nossa melhor versão. Sabendo que a nossa melhor versão não é aquela indicada pela mãe, tia, vizinha, pelo amigo, pelo porteiro do prédio de sua amiga. Ela é a nossa essência, aquilo que nos torna ainda mais felizes e confortáveis com quem somos, sem se preocupar com julgamentos. Há quem pense que a gente tenha nascido para servir de boba, de trouxa para satisfazer aos caprichos de todos e sentir-se honrada por isso, mas não. Nascemos para sermos nós e isso basta. Será que você está feliz e confortável com suas escolhas?

Marcha nupcial

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“Eu recebo-te por meu esposo e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida até que a morte nos separe”. Os votos matrimoniais são lindos e levam muitos as lágrimas. Difícil encontrar uma mulher que nunca chorou em uma cerimônia de casamento. Os noivos prometem fidelidade, amor, respeito, cuidado na saúde e na doença a um 'estranho', enquanto que para si, a pessoa com quem convive bem antes do nascimento, sobra desprezo. Não sou contra o casamento, muito pelo contrário, mas acredito que  s eria muito bom se antes das pessoas buscarem um par afetivo, casasse consigo. Não falo do casamento tradicional com trocas de alianças, flor de laranjeira, cerimonia, padrinhos e tal, mas de fazer um voto matrimonial consigo e cumprir. Muitos se casam sem ao menos se conhecerem e por isso confundem a solitude com solidão. Não suportam a própria companhia, precisa de barulho até para ficar em casa. Algumas mul

Sono seu lindo, cadê você?

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São 2 horas da manhã, acordo com o som da TV ligada, ouço o som da porta da geladeira sendo aberta e de alguém digitando no telefone celular.  Diferentemente das ruas vazias durante a madrugada, quem abre as redes sociais nessa hora,  encontra bastante gente acordada, interagindo. Ao colocarmos a palavra insônia na barra de endereços da internet e fazermos uma busca, vemos diversas  coisas. Também é bastante comum encontrar no Facebook, pessoas se queixando da mesma coisa. - Sono, seu lindo cadê você? Look do dia: Sono acumulado. - Alguem viu meu sono por aí? Em solidariedade ao insone, as pessoas comentam, dão sugestões de remédios caseiros e até de medicamentos controlados.  De acordo com pesquisadores renomados,dentre os benzodiazepínicos, indicados para ansiedade, o Rivotril é o mais consumido. A notícia ruim é que além da lista enorme de efeitos colaterais, esses medicamentos também levam o consumidor a dependência.  Mais porque as pessoas estão consumindo tanto

Em visita

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Pode parecer clichê, mas hoje foi mais um daqueles dias que posso dizer com toda certeza 'O melhor dia da minha vida'.  Um dia simples com nenhum glamour, mas com muito aprendizado. Passei a manhã organizando coisas em casa e celebrando a vida com bastante música. Chamei o táxi, o taxista muito gentil, muito atencioso comigo, me conduziu até um Asilo na minha cidade. Em especial, fiquei apaixonada por três senhoras. A mais idosa tinha 88 anos. Quando lá cheguei, ela estava deitada com cobertor, toda encolhida. Falei que o dia estava lindo, o pátio cheio de gente e que a cama era lugar de doentes. Foto autorizada  Ela resistiu, disse que queria ficar na cama, mas cedeu ao meu apelo e sentou na cama. Conversamos sobre muitas coisas. Ela contou um pouco de sua história e quis saber da minha família. A penúltima senhora que visitei, me levou aos prantos. Chorei, não pela sua condição asilar, mas de gratidão por ver uma senhora com alguns problemas de sa

MENSAGEM NO SINAL

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Enquanto aguardava no trânsito o sinal verde, reparei um pedestre com uma frase que simplesmente mudou meu dia. Senti como um despertar. O homem estava uniformizado, não reparei a cor da camisa e nem o nome da empresa. O que me chamou atenção foi só a frase:  SOMOS TERRA FÉRTIL. A partir daí o meu pensamento foi longe, como sempre. Que alegria! Pensei: é verdade, somos terra fértil, mas a quem delegamos o plantio? O que permitimos que plantem e que temos plantado? Será que temos escolhido as melhores sementes ou temos a visão de que não importa a qualidade das sementes? Se recebêssemos um terreno do tamanho de um campo de futebol sabendo que a nossa prosperidade dependeria única e exclusivamente da nossa colheita, será que negligenciaríamos essa oportunidade? Será que aceitaríamos plantar qualquer semente ou deixaríamos por conta do acaso? Porque fazemos isso conosco? Porque nos tratamos como se fôssemos qualquer coisa? Será que nos ocupamos tanto da vida das pessoas que

Quem é normal?

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Afinal de contas, quem é normal? O que entende-se como normalidade? Quando acusamos alguém de não ser normal, o que queremos dizer com isso? Há certo preconceito nessa conduta. Deveríamos rever os nossos conceitos, pois por mais que lutemos a favor da igualdade, recusamo-nos a ver uns aos outros como semelhantes. Será que ser normal é corresponder as expectativas sociais? Ser uma pessoa previsível comprometendo a própria saúde mental? Alguém revela que ouve vozes e as pessoas tentam invalidar isso a todo tempo. É como se ela dissesse para chamar atenção e tentam convencer que as vozes não são reais. Como não são? Ela experimenta a sensação auditiva. Não podemos negar algo que está no outro. Quando alguém fala que as vozes não existem, costumo perguntar: Se você visse alguém na rua com fone no ouvido dançando, o que você diria? A resposta quase sempre é que a pessoa está ouvindo uma música bem animada. Quem garante que tem alguma música tocando? Só quem vive a experiên

A quem queremos impressionar?

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Quando dizemos que estamos na era da aparência, muitos não aceitam,  mas o que vemos é exatamente isso. O Brasil é campeão em número de cirurgias estéticas e  o paraíso dos empresários do setor da cosmética. A cada dia são  lançados novos produtos que prometem o milagre do combate a  “Lei da gravidade”. A cada dia um salão de beleza, loja de cosméticos e clinica de estética surgem como se “brotassem” do chão. No desespero de parecerem mais novos e mais atraentes em seus grupos,  os brasileiros gastam mensalmente verdadeiras fortunas com serviços estéticos.  O que será que está acontecendo? O que está por detrás deste boom da indústria cosmética? O que está acontecendo com as pessoas para priorizarem tanto alguns  serviços em detrimento de outros? A indústria cosmética está aí para nos servir, mas será que estamos invertendo a posição deles de "servos" para nossos "senhores"? A quem queremos impressionar comprando inúmera

Função cuidadora

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Desde sempre a história mostra a mulher com o papel social de cuidadora. Desde menina, eram educadas para casar e cuidar de sua família. As que não se casavam cedo tinham aquelas profissões de cuidado chamadas de “espera marido”: enfermeiras,professoras, com o objetivo de serem preparadas para serem boas esposas e mães. Não é a toa que até hoje, determinadas profissões são majoritariamente exercidas por mulheres. Essa questão de cuidado é cultural. Qual o público que frequenta reuniões escolares e corredores onde são feitos tratamentos médicos? Cuidar muitas das vezes não é uma escolha voluntária, mas necessária. Dificilmente vemos um homem deixar o seu trabalho no meio do dia para buscar na escola o seu filho que está com 38º de febre.  -“O pai não pode buscar, está trabalhando”. Engrossa o coro das professoras e diretoras. Como se o trabalho da mulher fosse inferior a do homem.  Não vou nem citar as mães solteiras, até porque com raras exceções, solteira ou casada, o filho d

Você acha que merece?

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-Não esquente a cabeça. É para mim. -Não precisa nada de luxo. O jantar é só para a gente de casa. - Embrulha para presente?  - Não precisa. É para mim. Uma criança nasce linda, sem preconceitos sendo a melhor pessoa.  Conforme ela vai crescendo, a família que é sua primeira instituição, transmite diversas crenças que a deixa cada dia mais distante daquela pessoa que ela nasceu para ser. Conhecida como crenças limitantes, essas crenças fazem o que o seu nome diz, limita e dificulta a vida do ser humano. A criança ouve de seus pais que ela é linda (crença fortalecedora), mas quando apronta, os mesmos que a chamaram de linda, chamam-a de feia (crença limitante). Os mesmos que disseram que ela era a "Florzinha, Lindinha e Docinho" das Meninas Super Poderosas, a ensina a ter medo do "Bicho Papão" e do "Homem do saco". Se a criança faz xixi na roupinha, bate no filho da vizinha ou tira notas ruins e depois pede algo, ouve os gritos se seus cuidado

O melhor cartão de visitas

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Durante visita no CAPS da minha cidade, vi um ex paciente do equipamento onde trabalhei. Chamei-o pelo nome e perguntei se ele lembrava de mim. Ele me abriu um sorriso, disse o meu nome e falou de onde me conhecia. Quando o técnico chegou, ele apertava minha mão, me dando boas vindas a cidade. Fiquei muito feliz e com isso tive duas lições: 1- Não despreze a ninguém. Por menor que seja a pessoa aos seus olhos, ela pode te abrir ou fechar portas. 2- O melhor cartão de visitas é a forma que trato os meu semelhantes. Ele é um paciente psiquiátrico grave, mas sua condição não o faz inferior a mim.Tratar todos bem, deveria ser regra, não exceção. Se eu o tivesse maltratado, ficaria tensa e ele poderia até me agredir. As pessoas não esquecem quando são destratadas, mas também recordam quando são tratados com gentileza. O tempo em que trabalhei no CAPS foi um dos mais ricos, onde aprendi coisas que levarei para a vida. Se há uma palavra que me define bem é APRENDIZ. Uma boa aprendiz

Passagem pela crise. De quem é a culpa?

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Quem já está acostumado com os meus textos, sabe que quase não uso a palavra culpa, por não acreditar que haja culpados, mas responsáveis. O título é só uma provocação. Ao primeiro sinal de uma crise psiquiátrica, a pessoa costuma ser levada a emergência onde é medicada e encaminhada para o ambulatório, CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou internação por um curto período de tempo até a sua estabilização. Durante o tempo em que trabalhei na saúde mental, ouvíamos queixa de familiares falando da impossibilidade em se manter o doente em casa e etc. Ouvi de alguns que a luta antimanicomial era coisa de pessoas que não tem parentes com transtornos entre outras coisas que não cabe escrever aqui. Mas como funciona? Algumas pessoas negam que seu parente tem algum problema até virar um “transtorno” para a família. Quando acontece, querem urgência.  Tem que ser agora! Engrossa o coro. O médico prescreve um medicamento e a maioria não segue a prescrição.  Se acha que o pacie

A pessoa que fui, não existe

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Teoricamente, quando nos tornamos adultos, deixamos de se importar com o que pensam de nós e passamos a viver uma vida menos baseada no coletivo. Isso inevitavelmente faz com que algumas pessoas se afastem. Você lembra daqueles amigos que tinha na infância?  E aqueles que foram convidados para o seu último aniversário?  Onde estão seus amigos da ensino fundamental? Cada um escolhe o seu caminho e aqueles que possuem o mesmo objetivo, hobbies semelhantes se amontoam em um mesmo lado. Mas a escolha que fazemos hoje, podemos enxergá-la como um erro amanhã resultando em modificações. Quando pequena, eu tinha dificuldade de mudança pelo medo da perda das amizades, da referência e do controle. Após a idade adulta pude ver quão equivocada eu estava, pois tinha tanto medo da mudança, mas não enxergava o quanto eu mudava e o quanto os outros mudavam. Tentei até resgatar algumas amizades, sem sucesso.  Recomendo que não tente fazer isso. Aquela pessoa que achava tão engraçada, se

Angústias Familiares

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Assim como outras doenças graves, os transtornos psiquiátricos abalam a estrutura familiar. Muitos levam para o lado pessoal e se comportam com raiva como se o paciente conscientemente pudesse escolher a loucura ou a sanidade para atingir alguém. “Ela faz isso para me prejudicar”. Ouvi muitas vezes. "A doença é egoísta"  Quando se manifesta, monopoliza a atenção de todos e tudo gira em seu redor. Determinados “fantasmas” habitam o imaginário da família como o medo de ficar doente, como se a doença pairasse no ar, pronta para atacar a próxima pessoa.  "Cuidar do outro e se abandonar não é algo aconselhável, mas infelizmente essa é uma prática muito comum e incentivada pela sociedade' Algumas vezes os familiares verbalizam o alívio provocado pela internação, pois é um tempo em que ambos têm a oportunidade de se organizar. O medo do reencontro no ambiente familiar após a internação também é uma das questões que preocupa os outros membros. Pedir ajuda